sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Letra do Digzon

Galera, na boa, essa semana voou pra mim e tive pouco tempo pra atualizar meu humilde blog. A boa noticia é que agora eu tô contando com um colaborador, o Digzon! Fica aí com a letra dele e depois vocês me falam.
_____________________________________________________________Gospel Fail!



O cara ta lá na boa, conversando com os amigos no culto de oração:
"Mermão, tem jeito pro Vasco não! É o eterno vice! Os caras só perdem na reta final... Que bando de “cabra” frouxo!"
Quando derrepente ele é convidado a fazer uma oração para encerrar o culto. Então começa:
"SENHOOOOOOOR, AJUDA-NOS Ó PAI A CONSEGUIIIIIR CHEGAR AO ÁPSE DE TUA SANTIDADE. TU ÉS SENHOR DA GLÓRIA, ENTÃO Ó PAI, SALVA-NOS DAS NOSSAS INIQUIDADES, E CURA AS ENFERMIDADES AQUI APRESENTADAS NO TEU ALTAR. EM NOME DO TEU FILHO AMADO JESUS, AMÉM!"
10 segundos depois:
"Sim, continuando... Que técnico lesado!"
Essa é uma situação em que se vê em qualquer igreja brasileira. O irmãozinho ta lá falando na boa com o amigo, aí quando vai orar, ativa o “crentês”. Tenho certeza que você, assim como eu, já fez ou ainda faz isso, até mesmo inconscientemente. Mas porque isso acontece?
Na minha humilde opinião, creio que o motivo pelo qual se desenvolve esta língua paralela ao português em nossa mente é o fato da cultura religiosa brasileira adotar um Deus vingativo e carrasco, que não nos conhece verdadeiramente. Isso está tão empregado em nosso pensamento que acabamos por muitas vezes achando que falar com Deus como quem fala a um amigo é “desrespeitoso”, mas a coisa funciona totalmente pelo inverso.

Diz lá em João 15; 14-15: “Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer”. A gente deve ser sincero com o Senhor, é isso que ele quer de nós, sinceridade. E isso influenciará gigantescamente no nosso relacionamento com Deus. Tente imaginar o quanto é chato para Deus nós contarmos todas as nossas alegrias e tristezas, contar como foi o dia e tudo mais com um bom amigo, e falar com Deus só pra pedir, pedir, pedir, agradecer, pedir, agradecer e pedir? E ainda mais parecendo como se não estivéssemos à vontade diante dele?
De forma alguma eu estou falando que Deus não recebe a oração quando oramos assim, ou que não devemos contar coisas para um amigo muito próximo, o ponto aqui é sermos quem nós somos verdadeiramente quando estamos falando com o Pai, pois Ele nos conhece intimamente, e espera que sejamos intimamente sinceros com ele, no falar, no pensar, no pedir, no agradecer e no contar.

A oração a Deus não é um esfregar da lâmpada mágica, onde você ora, faz o pedido e acontece. Cada oração genuína é uma oportunidade única que falar com o Senhor, de mostrar que você não quer somente DIVIDIR todas as suas experiências com Ele, mas também ENTREGAR-SE por completo a tudo que ele é.

Um Cristão.

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